Eu não creio no tempo dos choros perdidos, eles existem e secam. Que a vida traga um sorriso largado com pouso certo e direto no meu colo de dormir.
Não quero a modernidade enjoada, tecnologia que se comenta quem caiu , quem sorriu , quem nada fez.
Recados em linha reta, pensamentos em cabeças tortas.
Recados em linha reta, pensamentos em cabeças tortas.
Não creio que as marcas na pele ficarão descascadas pela ira dos maldosos, sei que o tempo virá e nem um final será mais belo que um vestido velho, meio descosturado pelas mãos nos momentos de controlar angústias e alegrias quase completas e infinitamente naturais.
Terço nas mãos um pano vivo de emoções diárias, perdidas, encontradas.
Os um muros não são altos, mais existe o perigo que o vento faz com que os cabelos voem para lembrar que o tempo não dispensa o,que sopra, leva e traz.
Jamais esquecer. Aprender: muros que separam vidas que continuam perigos isolados, lembranças registradas, saudade consolada.
Permita-me vida que eu seja um ponto de encontro, uma paisagem para que jamais seja despedida. E basta um pequeno gesto do amor para que eu sobreviva e do velho vestido, siga rastros dos pontos reforçados pelas quedas nas horas das descidas ilusórias, declive da memória.
Eu creio. No vestido no corpo, desenvoltura entre a história e continuação do livro com brandura.
Ninguém escolhe dor, nem a cor da roupa do dia que antecedeu o choro ou o riso. As fotografias, nada mais do que um presente fora do tempo.
Como abrir o guarda roupa antigo. As roupas olhando me vestem de panos, o corpo obedece.
Observando o espelho, minha alma nua e leve, alguns remendos transformados numa colcha de vários sonhos retalhados, alinhavados e a felicidade sempre insistindo em decorar meu espírito.
Traga-me vida o de sempre: vontade de amar, chorar e emocionar.
Yasmine Lemos
09.11.2009
Denso e suave. Adorei!
ResponderExcluirbjs e felicidades.