sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

E continuo



E continuo do jeito que o sonho não me alcance,quero ele sempre a me buscar, sendo sempre uma caça dos  sustos, dos medos,dos beijos, dos abraços não dados e também os de fato, pois sempre  deixarão o gosto da realização momentânea, depois novamente o desejo de invasão em mundos não meus, mas que construo dentro de mim.

E assim continuo convivendo com a malvadeza da saudade, na paz do peito de quem ama meu sorriso,e grande será meu delírio,e sendo delírio posso ser o que quiser: a mulher que não tem chão ,pisa na terra e isso me basta. Minto: não me basta o chão. Quero a flor, o perfume, o fruto.

Quero a promiscuidade como anarquia limpa, entre um olhar sincero e um tremor nas mãos que dizem que tudo é vivo ao meu redor, quero essa balbúrdia indecente de gritar em silêncio e  o coração acelerar e segurar o corpo de tanta felicidade.

Quero cultivar meu amor , amigos e canções. Quero brindar a lua, simplesmente e não esquecer de rezar pelos meus amigos e inimigos porque quiseram ser (ocultos e revelados) E continuo assim desse jeito , não machucando a terra, nem o coração de ninguém ,e vou driblando os espinhos sem eles não choraria para lavar a alma .

Mas um ano chegando e meu desejo é desejar tudo repetindo alegria, paz ,carinho,raiva porque sou uma pessoa que também sente  as injustiças invisíveis que fazem minha alma de alvo,mas eu vou embora caminhando.
Que meus amigos sejam o que são , por favor com os mesmos defeitos,nada perfeitinho demais porque não combina com a vida,não combina comigo. Amo e só sei viver assim, numa desordem apaixonante. YL

Direitos autorais reservados
lei 9.610 de 19/02/1998


A música (Apaixonado) quem toca é a Orquestra Imperial na voz  de Wilson das Neves,linda letra e melodia, quem tiver um tempinho escute que vale a pena mesmo .





quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

EM CENA




E no final rasgaria todas as verdades e mentiras ao vento, no abismo jogaria as faltas, as esperas e os nãos. O vestido das juras desmacharia e faria um novo poema, rendas e suas presas alinhavadas. Amor maior, canção ,corpo e chão , sempre serão. Acreditaria mais nos meus sentidos. Libertaria meu corpo, ele não sabe ficar, ele não sabe ser de um só lugar. Misancene em ato final, um banho frio depois do sonho e voltaria a dormir, de novo em cena real. 


"...quem tem seu amor , tem um rei , tem um bem..." (C.Brown)







Aos amigos um Feliz Natal ! Paz ,amor e saúde. Agradeço imensamente o carinho durante o ano inteiro, presente melhor não existe .  beijos YL


O último dia


E o que vc faria? 


O último dia : Paulinho Moska

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

É amor demais!


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Artigo


Control “ser”; control “ver”

Leonardo Sodré
Jornalista e escritor
    Blog aqui

Pródiga em receber lançamentos de livros quase que diariamente, Natal vem sendo contemplada com obras excelentes de autores locais. Algumas memorialistas, que resgatam em vários aspectos fatos vividos, muitos desconhecidos de leitores curiosos, quem nem, ou, biografias de figuras ilustres, algumas conhecidas e outras, nem tanto, e muitos livros de poemas. Muitos! Como tem poeta em cada esquina desta quase metrópole!

Entrementes, também recebe obras que também têm seu valor pelo trabalho de pesquisa, mas que são meros e exaustivos atos de copiar e colar da Internet, nos computadores pessoais. As conhecidas dedadas no “Ctrl V” e “Ctrl C”, depois impostas nas laudas do “Word”, e que aqui apelidei no título do “ser”, o colante, e o “ver”, do ansioso leitor, que depois de tantos goles do proverbial uísque do lançamento da obra não correrá o risco de esquecer-se de decodificá-la e até decorar algumas passagens, para, no momento social oportuno, mostrar todo o seu conhecimento da imperdível leitura. Que seja.

Até aí, tudo bem, considerando o trabalho de prospecção do intelectual, mesmo com a falta da criatividade e da originalidade. O que não está bem nesse tipo de livro é a falta da citação da fonte e a assinatura da obra apenas como “autor”, quando na verdade deveria ser de “organizador” como faz bem a ética literária de todo livro que não lhe pertence verdadeiramente – cito como exemplo, a antologia -, citando, incólume, as fontes do exaustivo e operativo “copiar” e “colar”.

“Autores” que primam por essa prática e alguns nem fazem uma revisão cuidadosa dos textos, poderiam passar para a História de Natal como pesquisadores ou, até mesmo, memorialistas se citassem suas fontes. Mas, enquanto a vaidade se sobrepõe a humildade – como arde a fogueira das vaidades! – passam ao largo de sorrisos críticos. Sorrisos de leitores que teimam em não vê-los em suas próprias “obras”, e julgam que elas estão teimando em inclinar-se mais para o “ver” de aparecer socialmente do que para o “ser” verdadeiro de quem quer contribuir com a cultura da terra de Poti.


Observação da blogueira : Para quem foi ou é vítima de plágio ou já teve experiências com pessoas deste tipo,pra mim é uma lavada na alma ,um texto verdadeiro do jornalista Leonardo Sodré,aqui em Natal infelizmente existe milhares assim, milhares. YL




sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

POR FAVOR




Nada adianta
ESCREVER
O amor quer mais
Bem mais
VIVER
Certeza de lugar
Posição
SENTIR
Em sonho poder
EXISTIR

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

SAUDADE


Letra : Arnaldo , Marisa Monte e Carlinhos Brown / Voz : Carlinhos Brown




Há moradas na casa do Pai do céu ,tão bom que pudesse mandar e-mail .YL





“Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito”. Evangelho de João. 
Cap 14 : 2


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

....


Aos Teus Olhos : Carlinhos Brown

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

PARTE CHATA




Época natalina. Qualquer assunto referente será redundante. Vou ser chata e vou falar na parte chata dessa época .Com as esmurradas da vida somos modificados na lâmina fria da realidade e os olhos são nossos parceiros em descobrir detalhes. Hora de comprar os presentes, sejam eles os obrigatórios ou os naturais, o que são escolhidos com a leveza no peito.
Conheço perfis de todo jeito, aqueles que ganham os mimos e gostam de verdade, tem também os que gostam apenas de serem lembrados e aqueles que menos me atraem: passamos o ano inteiro sem nenhum contato, nem um telefonema, não há empatia alguma e lá vai ter que escolher porque faz parte do social.
Essas pessoas tem uma característica básica: só gostam de grifes. Só usam acessórios caros, embora muitas vezes não realcem nada no corpo. E a pior parte: olham o pacote com as sobrancelhas pra cima e um olhar de preocupação e curiosidade antipáticos, buscando entre os dedos nervosos a marca, a etiqueta do produto.
Como queria ser criança nessas horas e poder dizer o que sinto, usar um palavrão mesmo, daqueles bem grandes. Tem pessoas que temos o prazer em presentear outras mereciam um saco de etiquetas, usadas. Quem nunca ouviu esta frase: - “Não precisava não ter este trabalho...” ao mesmo tempo em que amassa com as mãos todo o pacote com o rosto amarelado. Depois vai correndo na loja saber o preço e trocar a mercadoria. Já estou bem ressabiada , mas tendo que ter jogo de cintura de quem dança bambolê . 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

SEGUNDA ÔWWW

Odeio segunda, não tem jeito rss .YL




sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

VIVE

Um fim de semana de paz , de amor . YL


Vive: letra Djavan. Voz : Maria Bethania



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

CORRENTES AMOROSAS




Edneide estava acorrentada, não dormia direito, comia muito e com seus 80 quilos, o vestido justo das noitadas “... cada dia mais curto...” (usando descaradamente a frase da canção de Chico (minha história). Edneide é trabalhadora doméstica. Mulata genuína, nasceu no Morro da Mangueira no Rio de Janeiro veio para o nordeste morar na casa dos padrinhos no interior de Pernambuco, estava dando trabalho demais aos pais. Com seu sotaque dengoso e seu rebolado fez logo amizade e conseguiu emprego em Recife numa casa de família tradicional. Acorrentada, este é o assunto. Apaixonou-se por um homem casado, caso cheio de atropelos. 

Ela já estava esgotada, a velha história, não dava pra disputar com a madame, ele era um cara rico, bem sucedido , vida feita, sociedade ,preconceito, era só sexo. Ela era bem “conhecida” da sua rapaziada, mulher experiente, “negôna” que sabia jogar em todos os sentidos, mas agora estava perdida, desaprendeu tudo, nem parecia aquela que no carnaval misturava samba com frevo em pulos extraordinários, aquela que mentia para os ficantes e no veraneio fazia sucesso nas rodas de samba dos nativos.
Não sabia o que fazer, a patroa reclamava do excesso de sal na comida, dos soluços na hora de qualquer música no rádio. Edneide resolveu pedir ajuda a um religioso. Andando no comércio pegou um panfleto : “ Igreja Mundial da Paz do Corações Sofridos para Cristo e para os Homens” Ed viu ali sua salvação.

Já no meio do palco, a igreja lotada, ela de joelhos, e um homem com um livro imenso na mão gritava: “- Você está acorrentada minha irmã!” E aos berros sacudia a cabeça de Ed pra frente e pra trás e sua calcinha fio dental já incomodando sua minissaia subindo, e os fiéis da ala masculina gritando: “Ô glória”! É o paraíso!”. Fim do descarrego. Ela foi aplaudida como uma popstar que chega na cidade maravilhosa , material girl.

Estava salva daquele sentimento, acreditou. Lembrou os conselhos do líder espiritual: “- ouça hinos, cante altos os louvores, não esqueça” e também que havia esquecido   de pedir a Deus um iphone 5, de repente pagaria em 300x no carnê.
Dobrando a esquina, na feira, um vendedor ambulante vendia o mais novo CD da dupla Bruno e Marrone , com antigos e novos sucessos. Edneide não contou conversa, comprou.

O descarrego valeu para a igreja, ela havia deixado metade do seu 13 º na sacolinha, a família já não aguentava mais ouvir: “acorrentado em você” no som da Ed, agora “A Possuída”.

Yasmine Lemos
Direitos autorais reservados
lei 9.610 de 19/02/1998


Da blogueira: eu sou fã da dupla, ouço muito suas músicas. A música me serviu apenas de inspiração, a música é universal,  amor é campo democrático e livre,não fazendo divisão de classe, o amor é igualitário, jovem ,ridículo ,fraco e forte,brega e lindo,chique e cafona,rico e pobre,todos sofrem da mesma forma . YL

Bruno e Marrone :Acorrentado em você

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