Sem dúvida, a eleição deste ano vai ser marcada pela confusão de estratégias para ganhar a qualquer preço.
Já falei aqui no blog sobre o que vem acontecendo por aqui, mas as coisas pioraram bastante com a propaganda eleitoral. Já não bastasse o que saía nos blogues e na imprensa escrita, agora é a vez da TV.
Pouco sei sobre politica, mas entendo que existem lados opostos com propostas diferenciadas e adversários politicos. Lado A, B e C. Aqui era assim, no Brasil era assim.
Já fui passional ao defender e levantar bandeiras, hoje sou mera cidadã decepcionada e lamentando uma democracia sendo usada de uma forma tão mercantilista e escrachada, ninguém tem mais vergonha. Há exceções, mas, o peso é mínimo, quase nada.
O primeiro ponto e acredito que seja o principal é assistir e ouvir os adversários usando a imagem do outro para não perder votos e arrancar alguns mais dos indecisos. O presidente Lula que eu saiba e ouvia muito eram, criticas ferrenhas. Até quando participava de algumas listas de discussões, o nome dele quando era comentado tinha amor ou ódio, mas existiam partes e lados diferentes, isso faz parte de uma sociedade civilizada. Tudo mudou mesmo.
A oposição, se é que existe, não fala mais mal do presidente, fala que faz “oposição responsável” e defende também os programas de governo: bolsa chulé, bolsa escova permanente etc.
O lado (lados) da situação (são tantos partidos que o texto ficaria cansativo) se comporta como se fossem donos de um tesouro. E a fala não muda: - Eu apoio o presidente Lula! ...
Olho de peroba, verniz envelhecido é bobagem. E ficamos aqui a assistir de tudo um pouco.
Candidato que envelheceu como deputado e hoje vai a TV pedir votos, e eu procurando saber o que ele fez para nossa cidade. Candidato fantasiado de índio que faz lambedor, outro que dança para as crianças. Tem também aqueles que acham que Che Guevara ainda está vivo e só faltam cantar “caminhando e cantando” de Geraldo Vandré, tem os que se acham lindos e são mais modelos do que candidatos arrancando suspiros das meninas dos bairros mais humildes, sem falar nas fotos que cobrem todo o lado do automóvel com pose quase sensual.
Estratégias medíocres para confundir, falo de todos os lados. Sensação de balançar a cabeça e lamentar, sorriso meia – boca.
Uma feira livre, um jogo sem critérios e sensatez.
Nós brasileiros, precisamos de uma política como ciência, utopia praticamente.
E eles todos, sem nenhuma vergonha, recorrem ao santo das causas pra lá de impossíveis, seu Luiz.
Yasmine Lemos
23/08/2010