Vejo as dunas verdes no horário entre quinze horas e alguns minutos de observação.
Pela janela, debruço o corpo, um homem grita longe vendendo frutas.
Canto canções em pensamento, calada.
Queria o vento o tempo inteiro invadindo meu quarto, derrubando alguns objetos e encontrar bilhetes antigos, lembretes de horários que já não voltam mais , ter a sensação que ele quer lembrar-me algo que nunca saiu, nem sequer chegou. Lugares que não fui, mas estava la, outros que sempre estive e nunca fui.
O horário muda com o vento, agora trazendo folhas para dentro de mim, termino me sentindo um jardim, meio esquecido.
Tudo isso em minutos.
Árvores cresceram, plantas nasceram, musicas surgiram. O vento pára, o tempo passa e sorrir.
As dunas me olham imensas, recebo um abraço de folhas secas.
Desarrumada pelo vento, me entrego ao tempo e volto,preciso arrumar meus sonhos,começou dezembro .
Yasmine Lemos
01/12/2009
Ainda não é tempo de folhas mortas, ainda não é outono para ti. amei. Beijo meu zélia
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