quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

ALEGRIA SEM ALEGORIA


Como se foge do carnaval, não busco inventar fantasias. Cavo a terra até enterrar a outra que pula feliz por contentar-se com o colorido passageiro de um bloco. Quieta! Grito para mim.

No peito o abafado do grito. E continuo a cavar, procurando não me jogar, mas sepultar a mágoa, a injustiça.

O peso nas costas me empurra para o buraco, agora maior. Paro e reflito. Não é hora de ser equilibrista sem a rede de proteção. Deixo tudo de lado e quero a outra aqui.

Vestir-me de palhaço e, saltar os buracos. Perceber depois do cansaço, que pulei meu carnaval diário, sem precisar de anunciação da orquestra.



Yasmine Lemos

10/02/2010

3 comentários:

  1. que maneira de escrever tão maravilhosamente bem,simbiose pura! que cada um encontre seu "carnaval" e dá-lhe poesia !

    Maria Paula /natal/RN

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  2. obrigada Maria! venha sempre visitar meu blog!

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  3. Amiga presente!
    Spok é tudo de bom mesmo.
    Vi na TV um bloco que sai "enlamados" aí RN,,, você já foi?
    É isso 4ª de cinzas e de volta a realidade.
    Xero em Rubens!

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Amor e Paz

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