Temos diferenças e ao mesmo tempo somos iguais. Temos estranhezas e nesses momentos,somos idênticos.Instantes em que o mundo me dá vantagens em poder imaginar.Seja o que for. Nada mais tem lógica, ao não ser o meu sentimento. E ele me domina. Cansado. Esgotado. Pensativo. Às vezes penso em chorar, mas existe silêncio. Não existe vontade em soluçar, existe um pensamento angustiado. A dormência me toma o corpo, sem saber reagir.
Jogo a cabeça para o lado e lhe vejo novamente. Enrolo o lençol atrás da minha nuca e penso no que pode acontecer, e me recordo de tudo que foi. O relógio me diz que as horas passam na madrugada lenta, barulho de folhas secas, gatos brigando, carros em alta velocidade.
Consigo fazer com que o travesseiro deixe meu pensamento mais lúcido, mémoria vivida, onde há resquícios de fatos e atos menos preguiçosos e percebo meu corpo igual. Igual ao de ontem, de antes, de amanhã, o mesmo que você teve tempo de fazer o amor acreditar que é forte. A mémoria agora é a sonhada, imaginada que posso modificar o roteiro de tempo, em tempo, brincadeira da lucidez que se esconde.
Trago ele comigo lépido e livre quando se joga em você, como faço com a minha cabeça tentando dormir. O lençol agora já faz parte do mesmo movimento das mãos, enrolado, amassado feito papel mal escrito. Sempre foi assim, será assim. Eu tentando me encontrar em você. Quando a parte do outro fica feito uma esteira na beira do mar, esperando o corpo deitar, esperando o sol esquentar, esperando... apenas. E ao ter o contanto entre corpo e chão o atrito é mais do que qualquer pensamento com raciocínio estúpido e fala sem lógica. Há o saciar da espera e o deleite de quem ansiava o choque.
Feito onda na pedra, água fria no corpo quente, areia grudada na pele molhada. Fecho os olhos e não adormeço, me esqueço e continuo deitada na esteira do meu pensamento,quando ouço o barulho de ondas e depois do impacto natural formam pequenas espumas e minúsculos balanços do mar, despertei e pressenti: era você querendo chegar.
Pablo Milanes : Yo No Te Pido
Maravilha,Yasmine.Rica em detalhes que nos leva àquele lugar...Lindo!beijos,chica
ResponderExcluirOlá Yasmine
ResponderExcluirOs sonhos, os devaneios os delírios, nos conduzem para nós mesmos. E mesmo que amanheça, sempre ficará a lembrança da noite mal dormida.
Bjux
Oi amiga, muito legal seu texto, eu tb tenho escrito coisas assim, mas acabo não publicando rsss
ResponderExcluirBeijos pra ti e uma ótima semana!
Oi Yasmine!
ResponderExcluirEm meio ao dormir e o acordar, mergulhamos em devaneios, encontros e o desencontros entre corpo, pensamento e sentimento... Quem vencerá? O sono que a tudo redime...
Beijos e lindos sonhos!
E o pensamento profundo. Distante e perto.
ResponderExcluirBom diaaa!
(acho que agora vai)
Pois é, de repente a gente pode pensar que nem o Pessoa: "Uma sombra num chão irreal, um sonho num transe". Beijo de zélia
ResponderExcluirBom dia menina poetisa, acordastes com o coração envolto em poesia...lindo texto que me fez delirar e imaginar como seria sentir meu amor chegando, quem sabe em meus sonhos, quem sabe em meus pesadelos, mas sempre tentando imaginar como seria a tua chegada, sem nunca ter que imaginar como seria a tua partida...Belo e inspirador...Abalou! BJIN!
ResponderExcluirBelo, Yasmine.
ResponderExcluirTexto magnífico de vivência intensa.
Beijo
SOL da Esteva
http://acordarsonhando.blogspot.com/
Muita imaginaçáo, beijo Lisette.
ResponderExcluirOi Yasmine!
ResponderExcluirTem um selo para você em emu blog!
Beijo!
Nas solitárias noites, todas as sensações são mais intensas...
ResponderExcluirBeijos meus!
AL